Olho de Mulungu
Uma criação baseada em uma abordagem eco-artística que busca ressignificar algumas lógicas de descarte, tanto em relação aos resíduos gerados pelo ser humano quanto aos processos naturais de descarte da natureza. Inspirada pelas formas multiespécies e sustentada por uma ecologia dos sentidos, que privilegia a escuta e as ressonâncias
Para dar forma a essa proposta, a artista concebe uma instalação utilizando elementos resgatados na região de Ilha Comprida, como manequins, ventilador, rede de pesca, cordas de atracação, garrafas, enxada, galhos, folhas e Bromélias secas, esqueleto de peixe Bagre e plantas. Esses elementos são utilizados de forma criativa e inovadora, de modo a criar uma nova estética e significado para objetos que seriam descartados.
A instalação é projetada de forma a criar um espaço específico, denominado Olho de Mulungu, que convida a artista e os espectadores a adentrarem e se permitirem serem atravessados pelas relações cósmicas que surgem a partir dessa interação entre a instalação, o ambiente e o corpo humano. Promovendo uma experiência sensorial profunda que lhes permita explorar as conexões entre o humano e o não-humano, o material e o espiritual.